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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
TCC
Estou muuuuito feliz, pois realizei mais um sonho na minha caminhada pessol e profissional. Estou finalmente concluindo o curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distância PEAD, da UFRGS.
Gostaria, portanto de compartilhar com colegas e seguidores deste Blog alguns momentos desta caminhada, principalmente,a etapa final que se constitui na construção e elaboração do TCC, não mais importante e interessante que as demais atividades oferecidas pelo curso que par mim, bem como para muitas de minhas colegas apresentava uma grande novidade e desafio: o de ser um curso em EAD, onde as aprendizagens e os conhecimentos são construídos na interação nos vários espaços que nos são oferecidos através da tecnologia: blogs, chats, webfólio, fóruns, etc...
O TCC foi construído com base nas atividades e aprendizagens vivenciadas em sala de aula, outro diferencial apresentado pelo curso, uma vez que nos permitia aliar teoria/prática. O TCC tem um título bastante longo, não mais, com certeza do que o significado e a importância para aqueles que tiveram oportunidade de vivenciá-lo. Neste espaço incluo a colega Salete que vivenciou e partilhou de muitos destes momentos não só no Laboratório de Informática, mas na própria sala de aula e na sala de Arte. Obrigada colega, foste extremamente generosa para comigo e para com meus alunos que certamente lembrarão sempre de ti com muito carinho, e esta é a maior recompensa que um mestre pode receber o longo de sua caminhada.
Bem escrevo um pouco demais e "divago" outro tanto, e até agora não coloquei o longo título do TCC, então, ei-lo:
OS BONECOS COMO FORMA DE ESTIMULAR A IMAGINAÇÃO E A DESCOBERTA ATRAVÉS DA INTRODUÇÃO DE NARRATIVAS EM ATIVIDADES DIVERSAS.
Através do estágio docente em Pedagogia a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – PEAD/UFRGS houve a oportunidade de desenvolver um trabalho que estimulasse nas crianças o interesse pela aprendizagem, utilizando a ludicidade. Assim, surgiu a idéia da construção de uma mascote, uma centopéia confeccionada com materiais de sucata.
Durante sua confecção, o boneco passou a ter “vida” nas mãos pequenas e na imaginação fértil dos alunos da turma 122 do 2º Ano do Ensino Fundamental de 9 Anos do Colégio Estadual Elpído Ferreira Paes.
Convém salientar, para um melhor esclarecimento e entendimento que a palavra mascote surgiu na década de 1860 e vem do provençal “masco” que significa mágico.
A Mascote (Centopeia) teve todo este significado mágico, pois encantou os alunos que em suas narrativas lhe deram vida, manteve o interesse dos mesmos e foi um representante visual, um símbolo (brinquedo – boneco) que permitiu estabelecer redes de conexões para as diferentes temáticas e os mais variados assuntos e manteve aceso o desejo de aprender.
A Mascote permitia introduzir de forma “descompromissada” a construção de relatos e descrição de ações que promovem no ser humano a fantasia e possibilitam ainda ressignificar os valores e os papéis sociais. Assim as crianças eram instigadas a escrever sem se “dar conta” num mundo do “faz-de-conta”.
Para tal, estabeleceu-se a seguinte estratégia pedagógica:
A centopeia ficaria na sala de aula durante a semana. Na sexta-feira "subia" para o Laborastório de Informática e de lá partia para a casa de um dos alunos onde deveria passar o fim de semana. Deveria voltar com um relato sobre os acontecimentos escritos num pequeno caderno que na segunda-feira que deveria ser partilhado com os demais colegas.Também a famíia deveria participar auxiliando-os na tarefa de agregar os adereços como: olhos, pés, etc...
Alfabetizar e letrar, este binômio é o grande desafio para que os professores atuais possam garantir aos seus alunos o direito não apenas ler e registrar automaticamente palavras numa escrita alfabética, mas de ser capaz de ler/compreender/compartilhar textos socialmente como cidadãos. E isto a turma 122 foi capaz de fazer tendo como “inspiração” um brinquedo-ponte, concretizando a estratégia pedagógica de contemplar o lúdico como linguagem mediadora no ensino/aprendizagem e, sobretudo no processo de letramento/alfabetização.
Segundo Schmidt, (2010, p.17) “nossas supostas perdas com os pequenos são ganhos em linguagem silenciosa que nenhum matemático, estrategista ou consumista poderá calcular.”
Ao final, a experiência me ensinou que mesmo um boneco rude e tosco, sem grandes atrativos estéticos, mas carregado de significados para o imaginário infantil, pode ser o signatário e o desencadeador de um processo de aprendizagem permeado pela ludicidade.
sábado, 11 de dezembro de 2010
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